Publicado em 14/12/2021 às 02:06,
A autorização para início da construção da ponte sobre o Rio Paraguai, entre Porto Murtinho (MS) e Carmelo Peralta (PY), trata-se de um momento histórico e um marco para o desenvolvimento do Mato Grosso do Sul. Esta é a avaliação dos secretários estaduais, que participaram da cerimônia em Carmelo Peralta. A obra é o símbolo da implantação da rota bioceanica, que vai encurtar o caminho de Mato Grosso do Sul e países da América do Sul com oceano pacífico A expectativa é aumentar as exportações com redução de custos e produtos mais competitivo ao mercado asiático. "Trata-se de um momento histórico, que vai se consolidar depois de muitas reuniões e discussões para se chegar ao início das obras desta ponte", destacou o secretário estadual de Infraestrutura, Eduardo Riedel. Riedel destacou que a rota bioceanica será uma integração comercial, de negócios e também de turismo. "Vai favorecer em todos os setores, do nosso lado estamos fazendo nossa parte, que é ligar as nossas rodovias com a rota. Agora é acompanhar de perto a execução destas obras, pois são novas oportunidades que vão ficar na história do Estado e Brasil". Para o titular da Semagro, o secretário Jaime Verruck, a nova ponte e a rota bioceanica vão trazer desenvolvimento para todo Estado. "É uma integração por meio de um corredor, que além da parte comercial, nos preocupamos para que a população se aproprie deste desenvolvimento". O secretário de Governo, Eduardo Rocha, também lembrou que o turismo terá um papel importante neste cenário. "Vai ser uma rota comercial e turística, não tenho dúvida que os brasileiros vão seguir a rota de carro ou motocicleta, junto com suas famílias. Além disto vamos levar nossos produtos com menos tempo para o mercado asiático, assim como importar com valor mais barato". O prefeito de Porto Murtinho, Nelson Cintra, citou que hoje a cidade será uma das mais importantes do Brasil. "Grandes empresas estão nos procurando para se estabelecer aqui, para isto teremos mais de R$ 80 milhões em investimentos para estruturar e organizar o município", revelou. Para o secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, a obra significa a integração dos oceanos Atlântico e Pacífico através de um corredor logístico de extrema importância, além de significar o desenvolvimento de toda a região. "Um dos pontos que a gente sempre cuidou é garantir o desenvolvimento de toda esta região. Este é o trabalho que está sendo desenvolvido, que Porto Murtinho e a as cidades paraguaias se apropriem também deste desenvolvimento", completou. A ponte sobre o Rio Paraguai terá um custo de 649.483.986.793 guaranis (aproximadamente R$ 575,5 milhões de reais) e será construída pela Itaipu Binacional. As empresas que ganharam a licitação para execução da obra terão 1.080 dias (36 meses) para concluir o empreendimento, que é essencial para rota bioceânica. A estrutura vai dispor de 1294 metros de extensão total, com duas pistas de rolagem de veículos de passeio e caminhões, com 12,5 metros de largura, e duas passagens nas laterais, com 2,5 metros cada uma, para o trânsito de pedestres e ciclistas. O engenheiro e assessor especial da Itaipu, Panfilo Benitez Estigarriba, afirmou que a obra é muito importante para o Brasil e Paraguai. "São 1300 metros de extensão de ponte, com ciclovia e até estrutura especial anti-suicídio, com 22 metros sobre o Rio Paraguai, que não vai atrapalhar a navegação e trará progresso a todos". João Carlos Parkinson, coordenador nacional dos Corredores Rodoviário e Ferroviário Bioceanicos da Secretaria de Negociações Bilaterais e Regionais nas Américas, lembrou que este momento foi o resultado de muito trabalho, que passaram por dificuldades e que agora é uma realidade. "Finalmente se rompe com o isolamento e assim oferece melhores condições a toda região. Início de uma nova era, que vai exigir preparação e qualificação da mão de obra local, para atender as demandas deste mercado de trabalho". O presidente da Assembleia Legislativa, Paulo Corrêa, descreveu o ato como histórico, pois se trata de uma obra que vai juntar Brasil, Paraguai, Argentina e Chile. "Esta rota vai possibilitar uma melhor comercialização dos nossos produtos. Muito feliz em participar deste evento e fazer parte desta história". Leonardo Rocha, Subcom