Publicado em 01/08/2019 às 02:21,
Assassino confesso de Maria Zélia da Silva Cosmos, 55 anos, após arrancar-lhe o coração enquanto ainda respirava e entregá-lo à filha, o sobrinho dela, Lumar Costa da Silva, 28, afirmou em entrevista que não se arrepende do que fez e que a vítima “mereceu morrer” porque o estava “sacaneando e difamando”. O crime chocou o país e aconteceu na primeira terça-feira (02.07) deste mês em Sorriso (distante 420 quilômetros de Cuiabá). Conversando normalmente, falando sobre o passo a passo das coisas que fez com a frieza de quem descreve um dia na escola, riu diversas vezes durante a espécie de coletiva concedida na delegacia a toda a imprensa local. A repórteres perplexos, disse que só se arrependia de não ter matado a própria mãe (“devia ter matado aquela desgraçada, só que não, não matei”) após ter brigado com ela na cidade onde os dois moravam, no Jardim Monte Cristo, em Suzano, São Paulo. Foi esse o motivo de ter vindo morar com a tia. “Tenho a declarar que eu matei ela mesmo, não me arrependo de ter matado, ela mereceu morrer. Porque ela tava me sacaneando, ela tava falando pelas minhas costas, me chamando de viado, me difamando, me chamando de drogado. Ficou arrumando confusão pra mim lá no bairro. Eu só queria paz só, mas ela ficou teimando em fazer isso”, disse, literalmente. Perguntado se havia feito uso de entorpecentes, afirmou que tinha tomado LSD e fumado maconha no mesmo dia do crime. Também afirmou que não planejou nada, só pensou que “agora vai, é hora dela morrer mesmo e então fui. A faca ficou lá mesmo, na cozinha, onde peguei”. E que não ouve vozes, a não ser a do “universo, que vive falando comigo”, disse, sorrindo. Sobre o motivo de ter arrancado o coração da tia, falou frases desconexas sobre “dar o coração” se alguém pedir. “Significa que eu arranco ele. E te dou meu coração se você me pedir”, falou, olhos arregalados, a uma repórter. O único momento em que parece demonstrar empatia é por si mesmo, quando, simulando choro, afirma que a mãe o espancava e maltratava. “Aquilo lá era o demônio”. Depois de um monte de absurdos, entrou numas de falar uma série de frases homofóbicas, dizendo que “o universo contou o plano dos viados. Os viados´e a pior praga que tem na face da Terra. O que que os viado quer? Ele quer ter o corpo de uma mulher, mas ele não consegue. É uma abominação, a pior coisa que existe na face da Terra. Esse negócio de ideologia de gênero é uma desculpa, porque quando for possível, arrancar a cabeça de uma mulher e colocar a do viado, pra poder engravidar, poder ter filho”. RELEMBRA Além de assassinar brutalmente a própria tia e ainda arrancar o coração de sua presa no bairro Vila Bela, em Sorriso, Lumar Costa da Silva também tentou sequestrar uma menina de sete anos, e só foi impedido porque vizinhos o viram com a criança. Conforme o boletim de ocorrência, logo depois de executar a mulher, Lumar levou o órgão retirado do cadáver até a casa de Patrícia Cosmos, filha da vítima, e o entregou dentro de uma sacola plástica de supermercado. O horror não parou aí, pois ele afirmou ser “apaixonado” pela neta de Maria Zélia e que iria levá-la com ele. Por sorte, um vizinho percebeu e se interpôs, frustrando as intenções. Em meio a discursos obviamente perturbados e sem lógica, Lumar explicou que invadiu uma subestação da concessionária de energia elétrica Energisa com um carro e o jogou contra o lugar era uma maneira de “fazer uma revolução para soltar todos os ódios da cadeia”. F0NTE/NOTICIA DO MS