Publicado em 26/10/2018 às 04:06,
Ao todo, 12 equipamentos foram recolhidos em apuração sobre produção de “fake news” contra Reinaldo Azambuja A ação de busca e apreensão ordenada pela 8ª Zona Eleitoral em endereço supostamente usado para produção e transmissão de “fake news” contra o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e vinculado à campanha de Odilon de Oliveira (PDT) culminou no recolhimento de 12 equipamentos. Sete notebooks e cinco computadores foram apreendidos por oficial de Justiça, com suporte da Polícia Federal, e levado para o Fórum Eleitoral da Capital. Conforme apurou o Campo Grande News, o oficial de Justiça chegou com equipe da PF ao endereço denunciado –um sobrado onde são alugadas salas comerciais na rua Dolor Ferreira de Andrade, no São Francisco– por volta das 11h40, permanecendo no local até as 12h30. Durante a ação, não foi encontrada “literatura de cunho eleitoral”, como adesivos, panfletos ou outros impressos. No entanto, foram levados sete notebooks e cinco CPUs. Os equipamentos não passaram por averiguação de arquivos, o que caberá à 8ª Zona Eleitoral. O oficial responsável pelo cumprimento do mandato apontou que, no local, funcionava empresa contratada pela campanha de Odilon “para trabalhar as mídias sociais da campanha” –o nome da empresa, porém, não consta nos autos. O mandado de constatação e de busca e apreensão foi expedido pelo juiz eleitoral Paulo Alberto de Oliveira, da 8ª Zona Eleitoral, na quarta-feira (25). Ele atendeu a pedido da coligação Avançar com Responsabilidade, capitaneada por Reinaldo, que pediu a verificação sobre a instalação de uma nova “central de fake news” organizada pela campanha do pedetista para atingir o adversário tucano. Conforme o mandado, o local foi aberto seis dias depois de uma primeira denúncia apontar que em outro endereço, na rua 14 de Julho, eram produzidos materiais difamatórios contra Reinaldo. O local era relacionado ao publicitário Paulo Cabral, que atua na campanha de Odilon e negou a prática de produção de “fake news”. Conforme a chapa de Reinaldo, o grupo responsável pela elaboração dos materiais foi realocado na Dolor de Andrade, onde repetiriam as mesmas práticas –“elaboração de material falso, repasse a terceiros para compartilhamento, deletando o conteúdo após a divulgação, visando ocultação de provas”. Foi novamente solicitada a apreensão de materiais impressos e computadores a fim de comprovar os fatos, bem como realização de perícia em computadores que vierem a ser apreendidos. A reportagem contatou a assessoria da campanha de Odilon, que avalia um posicionamento sobre os fatos.