Publicado em 13/01/2024 às 08:38,

Moradora reclama da falta de medicamentos básicos em UPAs (vídeo)

Enquanto a filha gritava de dor, mãe ainda presenciou bancos sendo retirados de área alagada dentro da Unidade da Moreninha

Dayan Medina, Top midia
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Divulgação

Com infecção intestinal, a filha de 15 anos, da auxiliar de serviços gerais, Gladis Gonhçalves Pereira, 41, saiu da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Moreninhas no domingo (7) apenas com sachês de soro, por falta de medicação na rede pública, em Campo Grande.

A falta de remédios e de manutenção nas unidades de saúde, revoltou a moradora que buscou ajuda médica, na Capital.

Indignada com a falta de dipirona, remédio para vômito e cólicas intestinais, Gladis expões não apenas a ausência de medicamentos, como a falta de manutenção da UPA que alagou e precisou mover os bancos de lugar no dia de chuva.

Segundo a mãe ao TopMídiaNews, a filha passou mal e foi levada a UPA.

No local, enquanto aguardavam atendimento, a mãe viu funcionários trocar bancos de lugar devido à água da chuva que estava encharcando a unidade.

"Eles tiraram os bancos e fizeram um círculo com eles para os pacientes não escorregarem", conta.

Depois de passar pelo atendimento médico, mãe e filha passaram por mais uma frustração, a falta de medicação.

"Minha filha gritando de dor, sabiam que não tinha medicamento, poderiam ter passado na veia, mas deram a receita e a única coisa que tinha era soro, saímos dali e no dia seguinte fomos na UBS (Unidade Básica de Saúde) do Jardim das Meninas e sem os mesmos remédios, está em falta em toda parte", lamenta.

Por ser remédios básicos e de necessidade, a mãe conseguiu comprar, mas pede resposta da saúde pública a respeito desta falta.

"Eu consegui comprar, mas quem não tem condições? O que o secretário municipal de saúde fala sobre essa falta?", questiona.

Em nota, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) alegou que, atualmente, Campo Grande conta com mais de 90% dos medicamentos ofertados pela Rede Municipal de Medicamentos (Remume) em estoque e disponíveis à população.

"Daqueles que estão em falta, todos possuem processo de compra, alguns já finalizados, aguardando apenas a entrega. A aquisição dos medicamentos ocorre de maneira periódica, sendo cada processo individual. Desta forma, as entregas acontecem de maneira constante e programada. Em relação à falta de medicamentos especificamente na UPA Moreninha, é necessário saber qual o medicamento prescrito para vômito e cólicas. Não há falta de Dipirona em nossa rede".

"Quanto à questão da infraestrutura, a UPA Moreninha está dentro do cronograma de melhorias estabelecido pela Sesau e deve passar por reforma completa a fim de resolver problemas crônicos, como é o caso das infiltrações. Somente no último ano, mais de 30 unidades de saúde, incluindo as de urgência e emergência, foram completamente revitalizadas assegurando melhores condições de atendimento à população e de trabalho aos servidores. Para este ano, a previsão é reformar ao menos outras dez unidades".