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Vitória do coração, da vibração, histórica, frenética. Palmeiras campeão da Supercopa do Brasil. 4 a 3 no favorito Flamengo

O Palmeiras se superou. Entrou em um ritmo alucinante, surpreendeu o Flamengo de Vítor Pereira. Vitória por 4 a 3, com direito a dois gols de Gabriel Menino. Abel Pereira se impõe como melhor técnico do Brasil O Palmeiras foi campeão na melhor decisão de um torneio no Brasil em muitos anos. O time de Abel Ferreira venceu o Flamengo por 4 a 3. Venceu a vibração, a entrega, a garra, o coração de um time assumidamente inferior. Mas que lutou muito mais que o favorito Flamengo. Em uma partida que subverteu a lógica, Gabriel Menino foi o artilheiro palmeirense, marcando dois gols. Gabigol fez excelente jogo, marcando duas vezes. Abel Ferreira comprou o duelo com Vítor Pereira. Mesmo com elenco de menor potencial, tratou adiantar o Palmeiras, brigando para ter a iniciativa do jogo. A intenção era fazer com que o ritmo da partida fosse rápido, corrido, evitando o toque de bola mais cadenciado, que evidenciaria a maior técnica do Flamengo. Estava evidente, no começo da partida, que Vítor Pereira não esperava tamanha ousadia. Seu time sofria com a vibração do time paulista. O Flamengo, que vendeu João Gomes, tinha em Gerson e Thiago Maia uma saída de bola mais lenta, o que facilitava a marcação. O Palmeiras foi se empolgando. Marcos Rocha e Gabriel Menino, apostas contestadas de Abel Ferreira, se adiantando, ajudando a encurralar o Flamengo, mas abriam espaços para os contragolpes. A preferência de Abel era fazer seu time aproveitar o fraco poder de marcação de Varela e a lentidão de David Luiz. Dudu estava inspirado, aproveitando o sacrifício de Endrick, que outra vez jogava fora de posição, centralizado, para segurar David Luiz. O jogo estava emocionante, com divididas fortes, deixando claro o clima de rivalidade entre os dois times. A marcação do Flamengo era mais frouxa, permitia a saída de bola palmeirense.  Mas entre os jogadores, sem dúvida, o que estava mais querendo se impor era Gabigol. Disputava rispidamente cada bola. Provocava os rivais e também a torcida do time paulista, que o xingava quando se aproximar da linha de fundo. Zé Rafael se deixou levar por esse clima. E, quando o Palmeiras, estava melhor, cometeu uma infantilidade. Eram 22 minutos do primeiro tempo, quando ele perdeu uma bola dividida para Gabigol na entrada da área, o atacante partiu para o gol, ainda havia tempo para a cobertura da zaga, quando Zé Rafael decidiu cortar a bola com um carrinho. Acertou a perna do flamenguista, pênalti claro, que Wilton Pereira Sampaio marcou com acerto.  Gabigol cobrou no canto direito de Weverton, deslocando o goleiro. 1 a 0, Palmeiras. Aí chegou sua vez de se vingar da torcida que o xingava. Ele marcou, tirou sua camisa, e a mostrou para os palmeirenses atrás do gol de Weverton. A reação foi automática: palavrões e tênis e copos atirados em direção ao flamenguista. O gol dava uma injusta, imerecida vantagem para o time de Vítor Pereira. O Palmeiras não teve outra saída a não ser adiantar ainda mais as suas linhas. Foi forçando pela esquerda que o Palmeiras conseguiu empatar. Endrick chutou para o gol, David Luiz cortou, a bola sobrou para Raphael Veiga bater sem chance para Santos. 1 a 1, aos 37 minutos. O Palmeiras voltou a tomar as rédeas do jogo. A lentidão flamenguista facilitava as ações. Encorajava a equipe palmeirense. E a virada não demorou. Aos 48 minutos, Gabriel Menino dominou a bola da entrada da área. Gerson, sem ritmo de jogo, demorou para tentar cortar. O chute foi perfeito, no ângulo de Santos, 2 a 1. Resultado mais do que justo no primeiro tempo. No segundo tempo, Vítor Pereira reagiu. Sabia o quanto o time do Palmeiras gosta de contra-golpes. E tratou de fazer o Flamengo sufocar o Palmeiras. E cobrou seus jogadores para que tocassem mais rápido a bola, e tivessem mais responsabilidade na recomposição. O Flamengo voltou muito melhor. E bastaram cinco minutos para o empate. Arrascaeta deu um passe maravilhoso para Gabigol só deslocar Weverton. 2 a 2. O Flamengo seguiu ensandecido, parecia que iria golear o Palmeiras. Ayrton Lucas deu um cruzamento rasante para Pedro completar de calcanhar, gol belíssimo, de puro talento e sangue frio em uma final vibrante. 3 a 2. O jogo seguia alucinante. E com lances infantis, em uma disputa boba, dentro da grande área, Everton Ribeiro deu inesperado tapa na bola. Pênalti. Raphael Scarpa bateu firme no cando direito de Santos. 3 a 3. Ninguém conseguia respirar aqui no Mané Garrincha. A tarde frenética continuava. Aos 28 minutos, Raphael Veiga cruzou da direita, a bola desviou em Léo Pereira. E procurou Gabriel Menino. O chute saiu mascado, mas foi o suficente para a bola fugir de Santos e morrer no fundo do gol flamenguista. Palmeiras 4 a 3, na histórica decisão da Supercopa do Brasil. No futebol, a entrega, a alma, a vibração são capazes de dobrar a lógica. Abel Ferreira chega a seu sétimo título desde que chegou em outubro de 2020. É o melhor treinador do país, sem comparação. Não adiantou seu compatriota ter o melhor elenco. O Palmeiras leva mais uma taça para sua lotada sala de troféus... Fonte:R7

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