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Bitto lidera em institutos com credibilidade, oposição tem pesquisa fajuta para confundir pleito

Imagina um instituto que se diz de pesquisa eleitoral que não acerta suas previsões, seria cômico ou trágico? Errou nas eleições em Corumbá, errou nas eleições em Sidrolândia e por aí vai. Como explicar o método da coleta de dados que não expõe os cadernos da pesquisa? Uma lambança total. A medida que as eleições para a seccional de Mato Grosso do Sul da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MS) se aproximam, os advogados do Estado começam a ser bombardeados por uma guerra de pesquisas. Em uma situação como essa, os eleitores têm dois caminhos: o apresentado por instituos de pesquisa com credibilidade, que atuam em Mato Grosso do Sul há mais de três décadas, caso do Ipems, ou números propagados por institutos surgidos recentemente e que em outras ocasiões, passaram longe dos resultados das eleições que pretenderam aferir. No início deste mês, o Ipems, empresa com tradição de 30 anos, publicou sua segunda pesquisa sobre a corrida para a OAB-MS. Nela o advogado Bitto Pereira consolidou sua liderança, com 10,5 pontos percentuais à frente de sua principal opositora, a advogada Rachel Magrini. Na pesquisa estimulada do Ipems, realizada nos dias 1º e 2 de setembro, Bitto aparece com 39,94% da preferência dos advogados inscritos na OAB de Mato Grosso do Sul, enquanto Rachel Magrini, aparece com 29,40 pontos porcentuais. A terceira colocada é a advogada Gisele Marques, que no levantamento tem 10,66 pontos porcentuais. Os indecisos representam 20% dos advogados. Bitto, que tinha 37,47% no primeiro levantamento, agora tem 39,94% e consolidou sua vantagem. Rachel Magrini tinha 25,83% e agora tem 29,40%, enquanto Gisele Marques, que tinha 10,51%, agora tem 10,66%. Em maio os indecisos eram 26,09%, e agora são 20%. O levantamento do Ipems foi publicado pelos principais veículos de comunicação de Mato Grosso do Sul. Já a pesquisa fajuta, foi publicada em apenas um site, e também em um blog. MistérioSempre após a divulgação das pesquisas Ipems, misteriosamente aparecem pesquisas que colocam Rachel Magrini à frente. Caso semelhante ocorreu no início deste mês. Desta vez foi o IPR, instituto de pesquisas que não tem mais que quatro anos de atuação no mercado, e errou resultados de eleições, como a de Sidrolândia, ficando muito longe da margem de erro. No levantamento que apontou Rachel à frente de Bitto Pereira por 40% a 34,25%, o advogado que lidera a pesquisa do Ipems foi apresentado como Luís Cláudio e não por Bitto, nome pelo qual é mais conhecido. Além disso, o questionário apresentava várias perguntas sobre Rachel e sua trajetória, antes de perguntar, de fato, sobre as eleições. Ainda assim, Bitto aparece empatado tecnicamente (dentro da margem de erro de 4,8%) na pesquisa espontânea, onde ela tem 23% e ele 20,75%, o que levanta uma suspeita de que o instituto IPR esteja trabalhando dentro da margem de erro. AmostragemA pesquisa do IPR também manteve nebulosos vários de seus critérios adotados. A lista utilizada para amostragem, por exemplo, ainda é uma caixa preta. O mesmo instituto entrevistou advogados somente em 10 municípios.Já a pesquisa Ipems, instituto que tem um nome a zelar, ouviu advogados em 20 cidades de Mato Grosso do Sul. O público também foi devidamente extratificado por faixa etária. Fator Giselle MarquesAo que parece a Raquel Magrini que já foi derrotada duas vezes pra o grupo da situação quer empurrar a candidata Giselle Marques para fora da disputa, uma vez que a mesma, além de ser a novidade, agrega a pauta feminina com mais intensidade, além das pautas mais ligadas às causas sociais, ambientais e indígenas. A estratégia fica evidente na pesquisa IPR divulgada em favor de Rachel. Nela, Gisele Marques aparece com apenas 2% das intenções de voto, volume de destoa muito de qualquer outra pesquisa feita até agora, onde a advogada ligada às causas sociais, sempre aparecia com aproximadamente 10% (entre 8 e 13) da preferência dos advogados. O jogo é mais sujo do que parece. Reveja os dados da pesquisa Ipems – Instituto com 30 anos de tradição. Pesquisa Estimulada Bitto Pereira 39,84%Rachel Magrini 29,40%Gisele Marques 10,66%Indecisos/não responderam 20% Margem de erro: 5,05%Coleta de dados: 01 e 02 de setembroEntrevistas: 376Amostragem: 20 municípios Fonte: BlogdoNélio

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