As obras de duplicação do trecho serão suspensas em maio; 2 mil trabalhadores terceirizados serão dispensados. “Duplicar 800 km em cinco anos, como previsto no contrato, não é mais viável”, disse Renato Vale, presidente da companhia, em entrevista. O trecho de 806 km a ser duplicado pela CCR fica na BR-163 e cruza o Mato Grosso do Sul desde a fronteira com o Mato Grosso até o Paraná. “Talvez, em 20 anos, valha a pena duplicar 400 km onde há maior concentração de tráfego. Vamos fazer agora para que? Perder dinheiro?”, disse Vale. As obras de duplicação do trecho serão suspensas em maio; 2 mil trabalhadores terceirizados serão dispensados. Dificuldades no licenciamento ambiental para a realização das obras, queda do tráfego de caminhões na via e financiamento do BNDES menor do que o esperado foram principais motivos para a decisão, segundo Vale. Rotas alternativas sem pedágio e aumento do transporte de grãos por ferrovias diminuíram movimentação no trecho em cerca de 10% neste ano. A CCR entrou com pedido para que o governo revise o contrato; caso não haja acordo, a empresa considera devolver a concessão. “Não quero continuar fazendo um investimento para o qual não fui contratado”, disse Vale, referindo-se aos problemas de licenciamento ambiental e no financiamento. Até agora, o Ibama liberou licenciamento ambiental para menos da metade do que deve ser duplicado, em trechos desconectados. Entraves no licenciamento podem aumentar custos das obras em 15%, segundo Vale. Fonte: Exame
CCR considera devolver ao governo concessão de rodovia no MS
Alvorada Informa,
23/05/2017 às 13:28 •