Publicado em 17/04/2017 às 21:21,
O deputado Beto Pereira (PSDB) alertou para uma situação de grave risco na ponte da BR-262 sobre o Rio Paraguai. O aviso foi feito durante a sessão plenária (12/4), quando o parlamentar relatou a participação em audiência pública realizada na Câmara Municipal de Corumbá para discutir a infraestrutura e a segurança das pontes que ligam o município pantaneiro ao restante do Estado. A ponte Poeta Manoel de Barros, na região de Porto Morrinho, foi inaugurada em 2001 e não teria passado por obra de manutenção. Conforme relatórios divulgados na audiência e apresentados por Beto Pereira aos demais parlamentares, desde a inauguração foram registrados vários acidentes com barcaças que colidiram nos dolfins de proteção dos pilares, o que compromete a estrutura da ponte e coloca em risco a segurança rodoviária e hidroviária no local. O último acidente ocorreu no dia 1 de abril deste ano. "O mais grave revelado no relatório é que o acidente proporcionou um sério risco à integridade da estrutura da ponte e poderia gerar grandes transtornos como a interdição e a interrupção do tráfego de veículos por longo período, fato já ocorrido em situação semelhante. Este tipo de acidente é recorrente. A ponte possui quatro dolfins protetores dos pilares, mas um destes protetores foi perdido em uma acidente em 2011", revelou Beto. Na audiência, o deputado questionou o representante da Marinha sobre o risco de uma barcaça colidir justamente no pilar desprotegido. "O comandante respondeu que há risco de sérios danos e a que ponte pode vir até a ruir", disse Pereira. A fiscalização da hidrovia por onde passam barcaças de grãos, minérios e gado, está a cargo da Marinha do Brasil. O deputado Paulo Corrêa (PR) concorda que o risco é iminente. "Os corumbaenses e nossos irmãos bolivianos correm risco de vida porque a ponte pode cair com trânsito em cima", avisou Corrêa. O deputado questionou a demora para a execução do reparo orçado em R$ 4 milhões, resultado de um acidente ocorrido há seis anos, em uma ponte que custou ao todo R$ 100 milhões. Com relação ao reparo, Beto Pereira explicou que a ponte na BR-262 está sob a responsabilidade de uma concessionária que explora o pedágio no local e que tem contrato com o Estado de Mato Grosso do Sul por um período de 13 anos, nove meses e 24 dias. "No edital de concorrência, a empresa tem como objeto de concessão a manutenção da pavimentação, da estrutura da ponte, dos acessos e áreas complementares, da sinalização rodoviária e hidroviária. É de exclusiva responsabilidade da concessionária a reparação dos danos causados à ponte. Vamos convocar o representante da concessionária para vir à Assembleia dar esclarecimentos", finalizou Beto Pereira. Fonte: Agência ALMS