Publicado em 21/07/2020 às 20:32,
Acesso aos locais onde estão os focos de incêndio dificulta o trabalho, por isso Corpo de Bombeiros e o Ibama solicitaram apoio de aeronaves Desde o início do ano já foram registrados 2.231 focos de calor em Corumbá, município com área territorial extensa, quase toda do bioma Pantanal. Nesta terça-feira (21.7), os trabalhos de combate ao fogo se concentravam na região do Itajiloma, distante 10 quilômetros da cidade de Corumbá, afirmou o comandante do 3º SubGrupamento dos Bombeiros no município, tenente-coronel Alencar. Foram destacados cinco homens do Corpo de Bombeiros e sete brigadistas do PrevFogo para o combate aos focos mais próximos da área urbana que tem provocado uma nuvem de fumaça sobre a cidade, piorando as condições do ar. O combate se dá em situação precária, afirmou o comandante. Os homens se deslocam de barco até o ponto mais próximo, depois seguem a pé carregando bombas de água nas costas por distâncias longas e atravessando trechos alagadiços. Só nessa região as chamas já consumiram cerca de mil hectares de vegetação nativa. Outros focos se espalham pela região pantaneira, que nessa época do ano está com farta biomassa e muito propensa a ocorrências dessa natureza. Não é possível determinar a origem do fogo, porém sabe-se que em muitos casos se trata de queimadas para renovação de pastagem ou abertura de novas áreas de lavoura que fogem do controle e acabam virando incêndios de grandes proporções. Tanto o Ibama quanto o Corpo de Bombeiros de Corumbá já solicitaram o envio de aeronaves para fazer o reconhecimento das áreas, detectar a localização e traçar estratégias para combater os focos de incêndio, assim como para transportar as equipes. O tempo que se gasta para chegar ao local da ocorrência é crucial para o sucesso do trabalho. Atualmente as equipes se deslocam de barco e a pé, e com apoio de um helicóptero esse transporte seria muito mais eficiente e rápido. No ano passado Mato Grosso do Sul perdeu mais de 1 milhão de hectares de vegetação e também lavouras em incêndios. Foi preciso montar uma verdadeira operação de guerra que contou com apoio de aeronaves e homens do Corpo de Bombeiros de outros estados, além de todo contingente dos bombeiros, PMA e brigadistas particulares. João Prestes, Semagro