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Agepen instala tornozeleira em desembargadores do TJMS após operação da PF

Eles são investigados por corrupção no judiciário e venda de sentenças

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Foto: JD1 Notícias

Cinco desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), afastados de suas funções após a Operação Ultima Ratio, começaram a ser monitorados com tornozeleiras eletrônicas nesta terça-feira (5). A medida foi determinada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), a pedido da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, em uma investigação sobre venda de sentenças.

A instalação dos dispositivos foi realizada pela Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) e atingiu os desembargadores Sérgio Fernandes Martins, presidente do TJMS; Sideni Soncini Pimentel, presidente eleito para 2025-2026; Vladimir Abreu da Silva, vice-presidente eleito para os próximos dois anos; Alexandre Bastos e Marcos José de Brito Rodrigues.

Além da monitoração eletrônica, a decisão judicial também proíbe o acesso dos magistrados a órgãos públicos e o contato com outros investigados. A Corte estadual designou juízes para ocupar temporariamente as funções administrativas dos desembargadores afastados.

Outros servidores do judiciário, um procurador de Justiça, empresários, advogados e até familiares dos magistrados também estão sendo investigados por crimes como lavagem de dinheiro, falsificação de documentos e organização criminosa. A Polícia Federal e a Receita Federal utilizaram dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) para rastrear movimentações financeiras suspeitas.