A população de Deodápolis está revoltada com a transferência do júri popular dos cinco homens acusados de matar o adolescente Bruno Ávalos, de 17 anos. O crime ocorreu em um "tribunal do crime" na cidade, no dia 13 de janeiro de 2024, e foi filmado pelos criminosos. O vídeo do assassinato foi amplamente compartilhado nas redes sociais, gerando grande repercussão.
Os acusados são Ryan Lucas Teixeira Salustriano, conhecido como “Bibi”, João Pedro Leoncio de Lima, Rafael Kennedy da Silva Alves, Fabiano Alves Capelaxio e Erik Henrique da Silva de Jesus, conhecido como “Paulista”. A Justiça de Dourados será responsável pelo júri popular. A transferência foi solicitada pelos advogados dos réus, que alegaram preocupações com a segurança deles, em razão do clamor popular e da cobertura da mídia, considerada hostil. O processo segue em sigilo.
A insatisfação da população foi manifestada nas redes sociais, especialmente na página Deocity. Um internauta comentou: “Advogado ou quem tiver defendendo esses vagabundos imundos e pediu isso é pior do que eles... Acreditamos em Deus e a sua justiça virá...” Outro usuário afirmou: “Eles têm que ser julgados aqui onde mataram o inocente. Tem que trazer esses vermes pra cá e deixar o povo fazer à justiça certa.”
Outros comentários expressaram indignação: “Na hora de matar um inocente, não tiveram um pingo de temor... fizeram questão de filmar como se tivessem conquistando um troféu.” Um outro usuário lamentou: “Quem perdeu foi a vítima, quem está presa à saudade eterna é a mãe da vítima.”
Em relação a essa questão, o Alvorada Informa entrevistou um juiz que esclareceu que a mudança do júri pode ser realizada para prevenir que os jurados sejam afetados emocionalmente. Segundo ele, o desaforamento serve como uma medida para minimizar as possibilidades de um julgamento influenciado por emoções relacionadas ao caso.
A defesa dos réus alegou a forte repercussão do caso pela imprensa, que chocou a população e repercutiu em todo o Estado. A data do julgamento ainda não foi definida, e os réus permanecem presos, aguardando o julgamento que será conduzido por um conselho de sentença de Dourados, visando garantir a imparcialidade do júri.