Publicado em 16/02/2022 às 05:26,
Casal de MS está junto há anos e foi com filhos assistir ao filme para lembrar do amor e alegria nos anos 80 Composta por Renato Russo e lançada em 1986 no álbum “Dois” de Legião Urbana, a música “Eduardo e Mônica” encantou naquele ano e explodiu no ano seguinte. Enquanto o Brasil cantava alto: “Quem um dia irá dizer que não existe razão nas coisas feitas pelo coração…”, a capital do Rio de Janeiro foi cenário para um encontro inesquecível entre Eduardo Correa Riedel e Mônica Dias Riedel, que se beijaram, se apaixonaram e disseram “sim” anos depois da música que, até hoje, tem significado imenso na vida do casal. Numa coincidência de datas e nomes, o casal que mora em Campo Grande viveu outro momento impagável nos últimos dias, quando decidiu ir com os dois filhos, Rafael e Marcela, ao cinema para assistir Eduardo e Mônica. No filme, dirigido por René Sampaio, os protagonistas são interpretados por Alice Braga e Gabriel Leone. A estreia foi em janeiro e tem feito muitos apaixonados por Legião Urbana irem às lágrimas. Quem vivenciou os sucessos da música nacional nos anos 80, vai muito além do saudosismo, voltando no tempo com memórias doces no peito. “A música, de certa forma, traz uma história diferente da nossa, tínhamos outra realidade, mas ela tem alguns elementos significativos. Mônica fez Design, era ligada em arte e eu sempre fui mais objetivo nesse sentido, mas também nos lembramos dessa época do rock nacional que era uma febre, de Legião Urbana, de Paralamas do Sucesso, Barão Vermelho, num ambiente efervescente da nossa juventude”, descreve Eduardo, hoje atual secretário de Infraestrutura de Mato Grosso do Sul. Os dois são cariocas e ficaram juntos pela primeira vez em 1987, após se conhecerem por meio de uma amiga em comum. “Era o ano de sucesso da música. Naquela época, nos beijamos e depois, começamos a namorar no terceiro ano de científico.” Quando cada um decidiu seguir o seu caminho na universidade, Eduardo e Mônica se separaram nessa trajetória. Ela cursou Design na PUC (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) e ele Biologia na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Depois, Eduardo decidiu ir para São Paulo fazer mestrado em Zootecnia e Melhoramento Genético, enquanto Mônica estava trabalhando como designer no Rio de Janeiro. Mas entre idas e vindas, o final de 1994 foi de união decisiva para o casal, que disse “sim” e se mudou para Mato Grosso do Sul, onde maioria da família de Eduardo vive. Desde então, o amor nunca se despediu dos dois. “Sou casado com a Mônica há 27 anos”, diz todo orgulhoso. Nas redes sociais, ele até publicou foto antiga do beijo do casamento e do momento que foi ao cinema com a família, o que rendeu muitos comentários de quem não imaginava a coincidência. Para os filhos, uma oportunidade também única de ver através da arte o que os pais puderam vivenciar no passado. “Puderam ver conosco a realidade da nossa época, na altura dos nossos 20 anos, com todas aquelas efervescências, a importância do Rio de Janeiro para quem desejava se lançar na cultura. O Rio de Janeiro era, de certa forma, um grande impulsionador para todo o Brasil e a gente conviveu muito com o surgimento e o sucesso de grandes músicos”, lembra. Sobre a obra que ainda está em cartaz nos cinemas, Eduardo é cuidadoso para não dar detalhes e deixar o público ser surpreendido, ainda que a canção esteja decorada na cabeça. “Mas é de se surpreender, o diretor conseguiu ser muito fiel à música e muito cirúrgico na forma que conduziu a obra. Sem dúvidas, foi algo muito preciso”, finaliza. Em Campo Grande, o filme “Eduardo e Mônica” ainda está em cartaz no Cinemark. CREDITO: CG NEWS