Publicado em 16/07/2024 às 17:21,
Dados foram divulgados em coletiva da Operação Pantanal, em Corumbá
Focos de incêndio no Pantanal diminuíram em comparação às semanas anteriores, segundo informações divulgadas pelo Secretário Extraordinário de Controle do Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, André Lima, durante coletiva da Operação Pantanal, nesta terça-feira (16). No entanto, apesar do alívio no bioma pantaneiro, a previsão climática para os próximos dias, deixam as equipes de enfrentamento em alerta.
Em uma rápida apresentação, o secretário apresentou gráficos sobre a situação do bioma. Segundo o levantamento, o perigo de fogo avança entre os dias 15 e 20 de julho, mas a situação ainda está dentro do controle.
“Apesar da situação está dentro do controle gente, temos nos próximos dias previsão de clima mais quente e seco, o que pode tornar nosso trabalho mais difícil. Estamos na linha verdade entre, trabalhando duro para fazer a curva verde cruzar a vermelha o quanto antes”, afirmou.
Corumbá conta com 2.674 focos de incêndio. Em termos de área queimada, o sistema do Lasa (Laboratório Universidade Federal do Rio de Janeiro), que faz mapeamento de área, mostra de 587.600 hectares a 788 mil hectares já queimada na região pantaneira de Mato Grosso do Sul.
“Sobrevoamos a extensão e vimos a magnitude dos incêndios. Temos queda significativa comparando a semanas anteriores. De 8 a 14 de julho tivemos incremento de 2.425 hectares em área queimada”, uma redução significativa”, revelou.
Ainda conforme o levantamento da Laboratório Universidade Federal do Rio de Janeiro, 85% da área queimada no Pantanal sul-mato-grossense está em espaços privadas; 7,4% em terras indígenas; 4,8% em unidades de conservação federal;1,4% em unidades de conservação estadual e outros 1,4% em Reservas Particulares do Patrimônio Natural. 4% dos focos registrados ainda estão ativos no bioma.
Recursos para combater incêndios no Pantanal
O trabalho de enfrentamento aos incêndios no bioma contam com crédito extraordinário de R$ 237 milhões, considerando R$ 100 milhões que já haviam sido disponibilizados em Medida Provisória anterior, como pontuou a ministra de planejamento Simone Tebet, também presente na reunião.
“Temos três Medidas Provisórias para atender essas questões. É necessário entender que não é falta de recursos. O dinheiro está na conta. Não chegamos atrasados. Viemos na hora certa, estamos trabalhando nisso desde o ano passado, mas as queimadas esse ano começaram muito antes”, pontuou a ministra.
Governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), também destacou sobre a importância do recurso. “Não é volume desprezível. Somos uma potencia ambiental e isso tem valor na rua biodiversidade mitigação emissão de carbono, atividades econômicas tradicionais e estamos investindo na manutenção desse Estado, próspero, verde, inclusivo e digital”, declarou.
Chefe do Meio Ambiente, Marina Silva, que foi corrigida ao confundir o nome do Estado com Mato Grosso, também aproveitou a visita à Corumbá para destacar a atuação conjunta no combate ao incêndio no Pantanal.
“Isso aqui é o resultado de trabalho conjunto e de compreensão republicana de como se deve tratar os problemas e as soluções em benefício da sociedade, do meio ambiente e política que faça o correto enfrentamento da mudança climática”, reforçou.
Atualmente as equipes de enfretamento ao combate às queimadas contam com 832 profissionais do Governo Federal, entre eles: 420 das Forças Armadas, 311 do Ibama e ICMBio, 71 da Força Nacional de Segurança Pública e outros 30 incluindo DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), Polícia Federal e Defesa Civil. Além de 15 aeronaves, 15 embarcações e três bases em operação: em Corumbá, Poconé e Porto Conceição.