A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, elogiou Mato Grosso do Sul por ter uma legislação própria para o bioma Pantanal, durante entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira (18), no Bioparque do Pantanal, em Campo Grande.
Silva falou ao lado do governador Eduardo Riedel, do PSDB, no evento onde foi sancionada a Lei do Pantanal. Estavam presentes também os ministros do Desenvolvimento, Wellington Dias e Simone Tebet, do MDB, do Planejamento e Orçamento.
Vários deputados estaduais, responsáveis pela aprovação da legislação, marcaram presença. Os senadores Nelsinho Trad, do PSD e Soraya Thronicke, do Podemos acompanham a sanção da lei.
Silva destacou que MS sai na frente do ponto de vista ambiental ao criar a legislação específica, a Lei do Pantanal.
Marina igualmente celebrou o fato da legislação proibir plantio de cana-de-açúcar e soja na região, o que protege o bioma da devastação.
''E foi muito corajoso da parte de deputadas e deputados e de todos vocês, de que não vai ter plantio de cana no Pantanal. Não vai ter um plantio de soja no Pantanal'', celebrou a ministra.
Marina Silva destacou no discurso que a pasta trabalha em parceria com os estados e aplicará no Pantanal do MS aquilo que foi e está sendo feito na Amazônia.
''... a gente quer fazer para todos os biomas. E aí o que nós queremos, não é só dizer o que não pode, é tirar o que não pode, mas colocar o ''como pode'', detalhou a chefe do Meio Ambiente.
A ministra do Meio Ambiente citou um plano de transformação ecológica do Mato Grosso do Sul, que chamou de desafio. Ela explicou que dezenas de países se comprometeram a se tornarem independentes dos combustíveis fósseis e transitar para o modelo de desenvolvimento onde a sustentabilidade é o padrão.
''... a gente pode fazer aqui [no MS] também o plano de transformação ecológica, não ter produtos que sejam carbono intensivo... exportar sustentabilidade'', refletiu a ministra. Ela também observou que os produtores rurais e agricultores familiares podem agregar valor aos produtos deles.