Publicado em 26/12/2017 às 22:57,
Seguindo a determinação do governador Reinaldo Azambuja, a Coordenação Estadual da Defesa Civil (Cedec) está monitorando a situação dos municípios que ficam em regiões que frequentemente são atingidas pelos desastres provocados pela chuva, para que o atendimento às famílias seja feito com agilidade. “Determinamos que a Defesa Civil Estadual acompanhe a situação em todos os municípios para que possamos estar prontos para dar o suporte necessário à população atingida pelas chuvas”, afirmou o governador. Desde o fim de semana, a equipe da Coordenadoria da Defesa Civil Estadual vem acompanhando a situação em Porto Murtinho, onde 42 pessoas que moram no bairro Cohab estão desabrigadas. O coordenador-adjunto do órgão, coronel Fábio Catarineli, observa que a inundação das casas não tem nenhuma relação com o dique que cerca a cidade, para proteger da cheia do rio Paraguai. “O nível do rio Paraguai está normal, com 4,64 metros”, assinalou. [caption id="attachment_11614" align="alignnone" width="672"] Chuva desabrigou 42 pessoas que moram no bairro Cohab, em Porto Murtinho[/caption] A especialista em meteorologia do Centro de Monitoramento de Tempo, do Clima e dos Recursos Hídricos de Mato Grosso do Sul (Cemtec/MS), Franciane Rodrigues, disse que nos últimos três dias choveu 40 milímetros na região de Porto Murtinho. O problema é que os canais construídos no bairro Cohab não deram conta de dar vazão e a agua da chuva invadiu as casas, desabrigando vários moradores. Em alguns pontos, a água chegou próximo a janela das residências. Outro município que está sendo monitorado pela Defesa Civil Estadual é Nioaque, onde no último dia 24 a precipitação pluviométrica chegou a 62,4 milímetros, alagando várias casas. O órgão estadual não recebeu da Defesa Civil municipal nenhuma informação quanto a desabrigados ou desalojados. Franciane Rodrigues explicou que naquele dia (sábado) choveu praticamente o dia todo e em cinco momentos choveu 8,8 milímetros, um volume considerável de chuva. No acumulado no ano, o índice pluviométrico na região de Nioaque foi de 137,2 milímetros, sendo que o esperado para o ano todo é 183,8 milímetros. O coronel Catarineli disse que diariamente são verificados o nível dos rios e os índices pluviométricos, tendo como fontes de informações a Sala de Situação do Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), o Cemtec/MS, e principalmente o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), órgão ligado à Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, do Ministério da Integração Nacional. Além da Agência Nacional de Águas (Ana), onde as informações sobre o nível da água dos rios são disponibilizadas em tempo real. “Mesmo a questão do primeiro atendimento sendo da responsabilidade dos municípios, a nossa Defesa Civil Estadual mantém esse monitoramento permanente para que a população atingida por esses desastres naturais seja atendida de pronto, quando o Governo do Estado for acionado”, afirmou o governador Reinaldo Azambuja. Atenta às situações de risco, o órgão do Governo do Estado avisa as prefeituras por telefone, e-mail ou watsApp da ocorrência, para que a Defesa Civil Municipal possa tomar as primeiras providências. O coordenador-adjunto da Cedec, destaca que a principal ação tem sido o de dar apoio técnico às Prefeituras na adoção das primeiras medidas, como o cumprimento das exigências pelo Governo Federal para a decretação da situação de emergência. Além disso, nos casos em que a Prefeitura não tem condições de atender sozinha as famílias desabrigadas ou desalojadas, o Governo auxilia na entrega de cestas básicas de alimentos e o kit dormitório (colchões, cobertores e lonas). Só nos últimos meses a Cedec atendeu, seja com apoio técnico ou ajuda humanitária, os municípios de Itaquiraí, Japorã, Eldorado, Tacuru, Amambai, Miranda, Glória de Dourados, Coxim, entre outros. Paulo Yafusso, Subsecretaria de Comunicação (Subcom) Fotos: Toninho Ruiz