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Temos de ter responsabilidade com dinheiro público, diz Riedel sobre Hospital de Câncer

O Hospital de Câncer Alfredo Abrão em Campo Grande está com atendimentos paralisados "Temos de ter responsabilidade com o dinheiro público. O governo não vai deixar de apoiar uma instituição como o Hospital Alfredo Abrão, mas a gente tem de discutir os critérios de governança", disse o governador Eduardo Riedel (PSDB) sobre a paralisação dos médicos e suspensão de atendimentos básicos no local. O governador disse nesta quarta-feira (1), que já conversou com o secretário estadual de saúde sobre a situação, e que nesta semana terá uma reunião com a diretoria do Hospital junto ao Ministério Público para poder dar sequência a alguma decisão resolutiva. Play Video Advertisement: 2:01 "Vamos procurar entender detalhes da situação. O governo não vai deixar de apoiar uma instituição como o Hospital Alfredo Abrão, mas a gente tem de discutir os critérios de governança, a obra, a evolução do hospital e a política pública direcionada. A gente tem sempre de ter muito cuidado com o dinheiro público e a sua aplicação." O corpo clínico do Hospital emitiu nota na quarta-feira passada (22), avisando sobre a paralisação a ocorrer nesta semana. Segundo a nota, a paralisação dos atendimentos anunciada em 18 de janeiro foi adiada por 30 dias. A nota afirma que, com o fim do prazo e o não atendimento das reivindicações feitas naquela ocasião, devido ao déficit financeiro geral acumulado, que é de R$ 770 mil/mês, os profissionais não veem outra alternativa.  Ontem, o deputado estadual Pedro Kemp (PT) usou a tribuna da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul e denunciou os problemas enfrentados pelos pacientes que buscam o Hospital de Câncer Alfredo Abrão, na Capital. Ele destacou que a paralisação de atendimento exige uma ação urgente do poder público para garantir à população o direito ao tratamento. “São casos dramáticos, em que as pessoas estavam com medicamentos a serem tomados dentro de um cronograma estabelecido e simplesmente chegaram lá e tiveram seu tratamento suspenso. ‘Sua injeção não será dada, sem perspectiva de nova data’. A pessoa entra em desespero. O tratamento já é sofrido e sabemos que quanto antes o acesso, mais chances de cura. Eles estão sem alternativa”, disse o deputado com base nas reportagens sobre a situação do hospital. Kemp cobrou solução do Governo do Estado e da Prefeitura de Campo Grande. Ele cita que a administração pública poderia oferecer o atendimento a esses pacientes, mas que nos últimos anos, apenas transferem a responsabilidade a hospitais filantrópicos.  "Lembro que no Governo Dilma [Rousseff] foi oferecido cinco aceleradores lineares para o tratamento de câncer que, simplesmente, foram dados pelo Estado à iniciativa privada. É nosso papel cobrar. Que o Estado se organize e ofereça o atendimento público, pois os hospitais privados tiveram reformas e aparelhos comprados com o dinheiro público. E tiveram lucro. Há a mercantilização dos serviços”, frisou e ainda, cobrou também transparência na gestão dos recursos, por parte do HCAA. CPI da Saúde No ano de 2013, a CPI da Saúde, realizada na Assembleia Legislativa, apresentou relatório apontando indícios de má gestão hospitalar. Neste ano, o Fantástico noticiou as escutas telefônicas captadas durante investigação da PF (Polícia Federal), MP (Ministério Público) e CGU (Controladoria-Geral da União), que reforçaram as suspeitas de irregularidades no Hospital do Câncer (HC) e Hospital Universitário (HU), em Campo Grande, na época. As gravações mostraram relatos sobre sessões de quimioterapia em pacientes que já tinham morrido, cobrança por tratamento contra o câncer que nunca foi realizado e o fechamento do setor de radioterapia de um hospital público para beneficiar clínicas particulares. As irregularidades vieram à tona na operação Sangue Frio. "Vamos procurar entender detalhes da situação. O governo não vai deixar de apoiar uma instituição como o Hospital Alfredo Abrão, mas a gente tem de discutir os critérios de governança, a obra, a evolução do hospital e a política pública direcionada. A gente tem sempre de ter muito cuidado com o dinheiro público e a sua aplicação." O corpo clínico do Hospital emitiu nota na quarta-feira passada (22), avisando sobre a paralisação a ocorrer nesta semana. Segundo a nota, a paralisação dos atendimentos anunciada em 18 de janeiro foi adiada por 30 dias. A nota afirma que, com o fim do prazo e o não atendimento das reivindicações feitas naquela ocasião, devido ao déficit financeiro geral acumulado, que é de R$ 770 mil/mês, os profissionais não veem outra alternativa.  Ontem, o deputado estadual Pedro Kemp (PT) usou a tribuna da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul e denunciou os problemas enfrentados pelos pacientes que buscam o Hospital de Câncer Alfredo Abrão, na Capital. Ele destacou que a paralisação de atendimento exige uma ação urgente do poder público para garantir à população o direito ao tratamento. “São casos dramáticos, em que as pessoas estavam com medicamentos a serem tomados dentro de um cronograma estabelecido e simplesmente chegaram lá e tiveram seu tratamento suspenso. ‘Sua injeção não será dada, sem perspectiva de nova data’. A pessoa entra em desespero. O tratamento já é sofrido e sabemos que quanto antes o acesso, mais chances de cura. Eles estão sem alternativa”, disse o deputado com base nas reportagens sobre a situação do hospital. Kemp cobrou solução do Governo do Estado e da Prefeitura de Campo Grande. Ele cita que a administração pública poderia oferecer o atendimento a esses pacientes, mas que nos últimos anos, apenas transferem a responsabilidade a hospitais filantrópicos.  "Lembro que no Governo Dilma [Rousseff] foi oferecido cinco aceleradores lineares para o tratamento de câncer que, simplesmente, foram dados pelo Estado à iniciativa privada. É nosso papel cobrar. Que o Estado se organize e ofereça o atendimento público, pois os hospitais privados tiveram reformas e aparelhos comprados com o dinheiro público. E tiveram lucro. Há a mercantilização dos serviços”, frisou e ainda, cobrou também transparência na gestão dos recursos, por parte do HCAA. CPI da Saúde No ano de 2013, a CPI da Saúde, realizada na Assembleia Legislativa, apresentou relatório apontando indícios de má gestão hospitalar. Neste ano, o Fantástico noticiou as escutas telefônicas captadas durante investigação da PF (Polícia Federal), MP (Ministério Público) e CGU (Controladoria-Geral da União), que reforçaram as suspeitas de irregularidades no Hospital do Câncer (HC) e Hospital Universitário (HU), em Campo Grande, na época. As gravações mostraram relatos sobre sessões de quimioterapia em pacientes que já tinham morrido, cobrança por tratamento contra o câncer que nunca foi realizado e o fechamento do setor de radioterapia de um hospital público para beneficiar clínicas particulares. As irregularidades vieram à tona na operação Sangue Frio. Fonte:Top Midia

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