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COP 27 começa neste domingo com expectativa por participação do futuro governo Lula; veja o que esperar

g1 lista os pontos-chave da próxima Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que acontece em Sharm el-Sheikh, no Egito. A 27ª conferência do clima da Organização das Nações Unidas (ONU), a COP 27, começa neste domingo (6) em Sharm El Sheikh, no Egito. O evento deve durar cerca de duas semanas e tem um peso fundamental para ação climática global frente as mudanças climáticas. Por isso, cerca de noventa chefes de estado estarão presentes. Um dos pontos de expectativa é sobre qual será a participação do futuro governo Lula no evento. O presidente eleito foi convidado e uma comitiva é aguardada no Egito. Mas o que é de fato a COP, qual a sua importância e o que será discutido na cúpula desse ano? Abaixo, nesta reportagem, você vai ver: O que é a COP 27?O que deve ser discutido na COP 27?Quem deve participar da COP 27?Qual a importância da COP 27 ser realizada no Egito?Como a Guerra na Ucrânia afetará a COP 27?Quais resultados são esperados da COP 27? O que é a COP 27? A COP 27 é 27ª conferência do clima da ONU, um evento que reúne governos do mundo inteiro, diplomatas, cientistas, membros da sociedade civil e diversas entidades privadas com o objetivo de debater e buscar soluções para a crise climática causada pelo homem. A conferência vem sendo realizada anualmente desde 1995 (exceto em 2020, por causa da pandemia) e o termo COP é uma sigla em inglês que quer dizer "Conferência das Partes", uma referência às 197 nações que concordaram com um pacto ambiental da ONU do início da década de 1990. O tratado, chamado de Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (CQNUMC), tem como principal objetivo estabilizar a emissão de gases de efeito estufa na atmosfera e, assim, combater a ameaça humana ao sistema climático da Terra. O que deve ser discutido na COP 27? Neste ano, embora diversos temas estejam na mesa, os principais que rondam as negociações são os seguintes: financiamento, mitigação, adaptação climática e perdas e danos. Veja a seguir uma explicação para cada. Mitigação - como diminuir emissões de gases de efeito estufa Na COP 27, todos os países reunidos devem adotar um “programa de trabalho para aumentar urgentemente a ambição e a implementação de mitigação”, como são chamados os esforços para reduzir a concentração de gases de efeito estufa na atmosfera e, assim, limitar o aquecimento bem abaixo de 2°C. O que acontecerá se a temperatura da Terra subir 2ºC? Esse será um dos temas centrais do evento, que deve discutir como isso vai ser implementado e o que cada país está fazendo. Como a própria ONU afirmou que os planos atuais não são suficientes para evitar esse aquecimento “catastrófico” até 2030, há uma expectativa de que os países signatários do Pacto de Glasgow para o clima (o resultado formal da última COP) revisem seus planos climáticos. "Essa é uma parte bastante técnica, uma parte de negociação. É quando a gente vê diplomatas fazendo as métricas de que um país realmente está fazendo, se ele está enrolando ou se ele está fora da curva de redução que ele prometeu", explica Marcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima. "E tudo isso serve para colocar um pouco mais de pressão nas Partes, para não deixar solto os cortes das NDCs [sigla em inglês quer dizer contribuições nacionalmente determinadas, as metas climáticas dos países]". Adaptação – como se preparar para a mudança do clima Um outro tema importante este ano é o da adaptação, ou seja, como buscar ferramentas e soluções para reduzir nossa fragilidade frente à crise climática. Como o aquecimento global tem efeitos diferentes no mundo, causando secas em alguns lugares, cheias em outros, na prática, isso diz respeito as respostas efetivas a esses problemas, como por exemplo, projetos de barragens marítimas para conter o aumento do nível do mar, ações de preparo para uma temporada de seca mais longa e intensa na Amazônia, etc. E isso é algo que, historicamente, vem recebendo menos financiamento globalmente. Nessa COP, é esperado que os países reavaliem seus compromissos nacionais de adaptação. Perdas e danos – como compensar os países já afetados Um dos graves riscos da crise climática é o aumento do nível dos mares que ameaça nações insulares. Por isso, falar em adaptação e mitigação já é algo que não funciona para países como Tuvalu, um arquipélago perto da Austrália que pode desaparecer do mapa por causa das mudanças climática, Fonte:G1

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