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Do alto, drone mostra estragos de grande incêndio em canavial em Nova Alvorada do Sul

Incêndio em canavial da usina Santa Luzia, atingiu uma grande área em Nova Alvorada do Sul na noite de ontem (dia 20). O vento forte colaborou para que as chamas se alastrassem. De acordo com o produtor rural Milton Barbosa, 57 anos, o incêndio foi avistado às 17h30 de ontem e informado a funcionários da usina, mas até às 20h não havia nenhuma ação para combater as chamas. O Corpo de Bombeiros foi acionado e começou o combate ao fogo, sendo auxiliado, na sequência, por veículos da usina. As chamas foram extintas na manhã deste sábado. Ele relata que há dois anos o incêndio no canavial avançou por sua fazenda e queimou quase todo o imóvel rural. “Já queimou minha fazenda duas vezes. Tenho uma preocupação muito grande com esses incêndios”, afirma. Segundo ele, os incêndios acontecem no período de estiagem e na época da colheita da cana. “Curiosamente sempre acontece nas épocas de colheita. Esses incêndios queimam a palha e a máquina desenvolve velocidade mais rápida”, diz. As imagens feitas por drone mostram que o fogo atingiu também uma lona de geomembrana onde fica a vinhaça (resíduo da cana) e árvores em área de proteção perto do canavial. A estimativa de Milton é que área atingida seja de duas mil hectares em três fazendas. Incêndio em lavoura - No Boletim de Ocorrência, registrado na Polícia Civil de Nova Alvorada do Sul, a usina informa área de 1.124 hectares, com a seguinte distribuição: 299 hectares de cana, 461 hectares de cana de terceiros, 185 hectares de palha própria e 206 de terceiros. Também consta que foram dois focos próximos. O caso foi registrado como incêndio em lavoura e será verificado a área exata, o que provocou o fogo e se atingiu área de preservação. A reportagem entrou em contato com o Corpo de Bombeiro em Nova Alvorada do Sul, mas o combate ao fogo foi feito por outra equipe. Palha da cana - Neste ano, a Justiça Federal derrubou uma lei estadual que dava a 18 municípios da região Sul a competência para decidir sobre autorizações para queimada da palha de cana. Na decisão, a Justiça aponta que a Assembleia Legislativa não poderia autorizar um município a avaliar dano ambiental que supera sua extensão territorial. Os municípios abrangidos pela decisão judicial são Anaurilândia, Angélica, Bataiporã, Caarapó, Deodápolis, Douradina, Dourados, Fátima do Sul, Glória de Dourados, Itaporã, Ivinhema, Maracaju, Nova Alvorada do Sul, Nova Andradina, Novo Horizonte do Sul, Rio Brilhante, Taquarussu e Vicentina. Fonte. CG News