Publicado em 22/12/2020 às 23:31,
De repente, nossas vidas mudaram da água para o vinho. Longe das salas de aula por conta dessa infame pandemia tivemos que reinventar nosso trabalho, nossos métodos e nossa visão da profissão. Se pudéssemos escolher uma palavra para definir o ano de 2020 , essa palavra seria FALTA. O dicionário a classifica como ato ou efeito de faltar, de não estar em um lugar onde se poderia, deveria ou gostaria de estar. Ausência, enfim. O Corona vírus nos isolou em nossas casas, fechou comércio, fronteiras entre países e também as escolas. Os pátios, antes tão barulhentos e alegres, borbulhantes de vida e energia, ficaram silenciosos e vazios. As salas de aula, antes tão repletas de olhares curiosos, interações, questionamentos e descobertas, foram preenchidas pelo silêncio brutal. É hora de refletir sobre o porquê sentimos tanta falta do convívio com nossos alunos, nossos colegas professores e nossos companheiros na escola. Ansiedade, dúvidas, auto cobrança e noites em claro cheias de perguntas sobre como melhorar nosso desempenho nessa época incômoda. A resposta é simples: somos abençoados por ter abraçado uma profissão nobre como tantas outras, mas com um diferencial que não se define por si só, que não tem definição porque se assim fosse, teria limitações. Parabéns a todos nós, que podemos dormir com a certeza de termos feito o melhor que podíamos e continuaremos a fazê-lo pois nossa missão continua, em tempos de pandemia ou não. Obrigado, meu Deus, por termos conseguido chegar até aqui. Obrigado, colegas, por sua dedicação e companheirismo pois sabemos que cada um de nós ajudou o outro de uma forma ou de outra. Saímos de 2020 maiores e melhores. Uma salva de palmas para todos nós, um Feliz Natal e um 2021 promissor! HUMBERTO BELTRAN é professor de idiomas, pedagogo, radialista e cronista.
