Publicado em 11/08/2021 às 03:07,

Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul acolhe projeto de ong para castração de gatos em Nova Alvorada do Sul

Alvorada Informa,

Segundo a presidente da ong, Marli Marcondes, O projeto visa minimizar a procriação indiscriminada de gatos, em especial aqueles pertencentes a população em situação de vulnerabilidade de Nova Alvorada do Sul, consequentemente impedindo que haja uma super população de animais abandonados, os quais, por suas condições, não recebem os devidos cuidados, podendo causar diversos problemas a população local, tais como: transmissão de doenças; acidentes com veículos; incidentes com os munícipes e até mesmo com outros animais domésticos. É bom ressaltar que a procriação indiscriminada dos animais, tanto os de rua como os domésticos, é questão de saúde pública, meio ambiente e social, dessa forma entendemos que há a necessidade de criação de um programa que vise a castração aos animais abandonados e aos animais pertencentes à população de baixa renda e carentes no município de Nova Alvorada do Sul, bem como em conjunto, ações que visem conscientização para o bem estar animal. Por todo o exposto, Associação de Protetora dos Animais ATO DE AMOR ANIMAL, propõe que seja efetivado no município um programa de Castração a priori para gatos. Tal projeto já vem acontecendo há alguns anos em diversas localidades pelo país e tem alcançado com êxito os objetivo principal: diminuição de crias indesejadas e consequentemente drástica redução do número de abandonos registrados anualmente, bem como melhoras significativas no bem estar animal e da comunidade.  Ressalta o Juiz de Direito da Comarca de Nova Alvorada do Sul, Jessé Cruciol Junior, que o contido no art.225, VII, da Constituição Federal extrai-se claro mandado de proteção ao bem-estar animal ao se reconhecer a proibição de práticas cruéis em seu desfavor. Quanto a isso, para além da questão de saúde pública reconhecidamente envolvida nas questões de sanidade de animais, a é preciso mesmo reconhecer a dignidade de demais seres sencientes, lembrando que o antropocentrismo levou justamente ao modelo de desenvolvimento destrutível  e insustentável atual, já que todas as coisas e seres se prestariam a “servir” ao Homo sapiens. A importância de se reconhecer a dignidade de seres sencientes vem sendo repetidamente reconhecida pela ciência (basta analisar o andamento dos métodos sistêmicos nos últimos 40 anos). Alias, oposição a essa noção é calcada no estreitamento de visão ao pensamento ainda tradicional, pois basta lembrar que até cerca de 130 anos seres humanos era vistos como objeto(e não sujeitos) em razão da cor de sua pele ou origem.

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