Nova ofensiva da Polícia Federal (PF) atingiu em cheio a alta cúpula do Judiciário em Mato Grosso do Sul (MS). Denominada Operação Última Ratio, essa ação é um desdobramento da Operação Mineração de Ouro, que teve início em junho de 2021 e investigou suspeitas de envolvimento de conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE) em organização criminosa.
Na quinta-feira, 24 de outubro, a PF executou 44 mandados de busca e apreensão, autorizados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). As ações ocorreram em diversas cidades, incluindo Campo Grande, onde se localiza a sede do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), no Parque dos Poderes. A operação também se estendeu a Brasília (DF), São Paulo (SP) e Cuiabá (MT).
Os mandados visam investigar supostas práticas de corrupção, como a venda de sentenças, lavagem de dinheiro, extorsão e falsificação de documentos no Judiciário sul-mato-grossense. Em decorrência da operação, cinco desembargadores do TJMS foram afastados por um período inicial de 180 dias. Esses magistrados foram submetidos a medidas restritivas, como o uso de tornozeleiras eletrônicas e a proibição de acesso a órgãos públicos ou de comunicação com outros investigados.
A operação também contou com o apoio da Receita Federal, e agentes da PF utilizaram ferramentas de arrombamento para acessar documentos no TJMS. As diligências ainda estão em andamento.
A Operação Mineração de Ouro, que precedeu a Última Ratio, já havia revelado um esquema de corrupção que desviou mais de R$ 100 milhões. Em resposta a essas investigações, a Assembleia Legislativa de MS está se mobilizando para abrir processos de impeachment contra os conselheiros do TCE envolvidos.
Com informações do JD1 Notícias.