Nesta terça-feira (26), a Polícia Civil de São Paulo deflagrou a segunda fase da Operação Falsus, com mandados de busca e apreensão e prisões cumpridos em São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná. O alvo da operação é uma quadrilha especializada no “golpe do falso frete” e lavagem de dinheiro, que causou prejuízos estimados em R$ 10 milhões às vítimas.
No total, foram cumpridos 35 mandados de busca e apreensão e 11 de prisão. A operação envolveu cerca de 150 policiais, que investigam a atuação criminosa em diversos estados. Em Mato Grosso do Sul, os desdobramentos da ação continuam sendo acompanhados pelas autoridades.
De acordo com a investigação, a quadrilha cadastrava motoristas e caminhões em uma plataforma online de frete. Após transportar cargas, geralmente de grãos, os criminosos simulavam roubos nas estradas e apresentavam boletins de ocorrência falsificados, enviando as mercadorias para empresas receptadoras.
A operação teve início em junho de 2023, após o desaparecimento de uma carga de 38 toneladas de soja em Iepê (SP). A investigação revelou que, além deste caso, o grupo realizou outros roubos de carga em 2023 e 2013, somando mais de 40 subtrações de grãos.
A quadrilha contava com cerca de dez motoristas e utilizava veículos dos líderes do esquema. Além das prisões, quatro empresas de grãos em São Paulo são alvo de buscas, suspeitas de envolvimento na receptação das mercadorias roubadas.
Entre os investigados, estão duas advogadas de Assis (SP), que seriam responsáveis por colaborar na lavagem de dinheiro. A operação também abrangeu outras cidades paulistas, incluindo Assis, Iepê, Santo André, Nantes, Cruzália, Araras, Cândido Mota, Borborema, Itapetininga, Macaraí, Guaíra e Santópolis do Aguapeí.
A primeira fase da operação, realizada em março de 2024, resultou na condenação de seis pessoas. As investigações continuam e novas diligências devem ser realizadas.