Publicado em 24/07/2023 às 18:23,
Motivo seria quebra de confiança. Lessa, apontado como autor dos disparos, teria mentido ao dizer que não pesquisou sobre a vereadora. Élcio relatou que, antes do crime, Lessa indicou que vítima estava saindo da Casa das Pretas.
O ex-PM Élcio Queiroz, réu pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, foi convencido a fazer uma delação premiada após desconfiar de Ronnie Lessa, apontado como ser o seu comparsa no crime. Os dois estão presos em Rondônia e vão a júri popular pelas execuções.
Apontado como o autor dos disparos, Lessa teria dito ao comparsa que não fez pesquisas sobre Marielle. Após desdobramentos do caso, Élcio descobriu que o amigo mentiu, que polícia encontrou rastros da pesquisa e, com a quebra da confiança, decidiu fazer a delação, de acordo com a Polícia Federal.
"O convencimento do Élcio (para delatar) foi porque o Ronnie garantiu que não tinha feito pesquisa em Marielle e isso gerou uma desconfiança por parte de Élcio", disse o delegado Jaime Cândido, da Polícia Federal, durante entrevista coletiva nesta segunda-feira (24).
Na delação, Élcio confessou participação no crime, disse que Ronnie Lessa matou Marielle e deu outros detalhes do atentado.
No documento, a que o g1 e a GloboNews tiveram acesso, Élcio é questionado várias vezes se sabia de alguma pesquisa prévia a respeito da vítima, Marielle. Ele responde que não tinha certeza.