Publicado em 23/10/2024 às 19:54,
Uma servidora ligada à prefeita Adriane Lopes recebeu mais de R$ 80 mil
A campanha eleitoral em Campo Grande tem sido marcada por disputas judiciais, envolvendo a prefeita Adriane Lopes e sua adversária Rose Modesto (União). Um dos principais focos de tensão é a "folha secreta", mencionada por Rose como parte de sua estratégia política.
A "folha secreta" se refere a supersalários pagos a servidores da administração de Adriane Lopes. Um exemplo citado pela Justiça Eleitoral envolve Thelma Fernandes Mendes Nogueira Lopes, chefe de gabinete e concunhada da prefeita, que teria recebido mais de R$ 80 mil. Rose Modesto tem utilizado esse fato como munição contra a atual prefeita.
Adriane Lopes, por sua vez, tentou por duas vezes na Justiça impedir que o tema fosse explorado durante a campanha. Inicialmente, conseguiu uma liminar para silenciar o assunto, mas após a defesa de Rose apresentar justificativas, a decisão foi revertida.
O juiz Albino Coimbra Neto, da 35ª Zona Eleitoral, revogou a liminar anterior, permitindo que a "folha secreta" fosse discutida publicamente durante as eleições. Na decisão, o magistrado mencionou um "Termo de Ajustamento de Gestão" firmado entre a Prefeitura de Campo Grande e o Tribunal de Contas do Estado (TCE) em dezembro de 2023, que reconheceu irregularidades nos pagamentos e a necessidade de ajustes.
Com essa decisão, a discussão sobre a "folha secreta" segue liberada e permanece um dos temas centrais da disputa eleitoral na capital. Veja os detalhes da decisão judicial aqui.