Publicado em 04/05/2018 às 13:19,
Tema abordado na Campanha da Fraternidade de 2018 Por meio de uma parceria com a Arquidiocese de Campo Grande, a Câmara Municipal realizou, na noite desta quinta-feira (3), audiência pública para discutir sobre “Fraternidade e Superação da Violência”, tema abordado na Campanha da Fraternidade de 2018. Representantes de diversos segmentos estiveram no Salão da Paróquia Santa Catarina, Virgem e Mártir, localizada na Rua Rachid Neder, s/nº, no Distrito de Anhanduí, para sugerir políticas de prevenção e combate às mais diversas formas de violência. “Estamos, no nosso dia a dia, a mercê da violência. Se tiver uma gestão séria, que invista e sem desvios na segurança, podemos diminuir os índices de violência em nosso país. Aqui, vamos colher sugestões para encaminhar ao Executivo Municipal. Se não nos manifestarmos, não vamos a lugar nenhum. Pagamos nossos impostos para termos segurança. De acordo com o Arcebispo Metropolitano, Dom Dimas Lara Barbosa, a campanha deste ano aborda a superação de todas as formas de violência. "A campanha tem uma metodologia desenvolvida para associar a fé e a vida. Cada ano a igreja católica aborda um tema relevante para a sociedade. Este ano abordamos a superação de todas as formas de violência", disse. Para o Padre Eduardo, Pároco da Paróquia Santa Catarina , a violência é uma ação que acompanha o homem desde os primórdios. “Ela, no seu nascedouro, vem reconhecendo esse conflito. A construção das sociedades. A violência é algo tão profundo que é também um dos elementos básicos da sagrada escritura. Em todos os livros, em todas as situações a gente encontra a questão da violência bastante aflorada. Não temos a pretensão de eliminar a violência. Superar a violência significa criar métodos para que ela atinja o menor grupo possível de pessoas, ou cause o melhor dano possível. Isso é um sonho”, reconheceu. Segundo o vereador André Salineiro, as audiências públicas para discutir sobre a violência têm rendido frutos. “Trazer não só pessoas que têm conhecimento na área, mas também trazer a população, e isso é de fundamental importância. Segurança pública, às vezes, falamos que muito se fala e pouco se faz. Violência é igual saúde. A pessoa só dá valor, pela dor. O Brasil, hoje, é o 7º no mundo do homicídio doloso por grupos de 100 mil habitantes. Temos que investir em prevenção, educação e policiamento. Precisamos de políticas públicas que levem em conta o médio e longo prazo, não apenas o curto prazo. Países que mudaram sua forma de encarar a violência se preocuparam, principalmente, com educação”, ponderou. Para o vereador Wanderlei Bueno, a sociedade deve resgatar alguns princípios deixados de lado para combater a violência. “Temos que falar de resgate de valores que se perderam, da família, de bons costumes. Não abandonar o jovem, sairmos com uma proposta concreta daqui. Temos que fazer um trabalho eficaz e parar de tapar o sol com a peneira. Se não resgatarmos isso, vamos continuar vendo tudo isso que acontece”, analisou. “Queremos a participação da sociedade.