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Médicos da Santa Casa de Campo Grande paralisam atividades contra salários atrasados

Segundo o superintendente do hospital, o repasse em atraso hoje da prefeitura é de R$ 7.620.000. Os médicos da Santa Casa de Campo Grande iniciaram nesta terça-feira (13), uma paralisação para protestas os atrasos salariais recorrentes. A diretora clínica do Sindicato do Médicos Patrícia Campos garante que os atendimentos não foram afetados. “O motivo da greve é pelo atraso recorrente no pagamento dos salários dos médicos. Nós sabemos das dificuldades que todos nós estamos passando, inclusive a Santa Casa nos seus recebimentos, mas como todo trabalhador, os médicos também dependem desse salário para sustento de suas famílias”, afirmou Patrícia. O superintendente do hospital Roberto Ishii disse que o repasse em atraso atualmente soma R$ 7.620.000. Esse valor, segundo ele, seria usado para colocar os salários em dia. “Infelizmente, o atraso recorrente para Santa Casa vem da prefeitura”, afirmou. O valor total do contrato com a Santa Casa é de R$ 20 milhões. Do total, R$ 4.477,000 é de responsabilidade do município, cerca de R$ 2,5 milhões do estado e de R$ 13 milhões do governo federal via Ministério da Saúde. De acordo com a prefeitura, o estado tem repassado a parte correspondente com atraso desde fevereiro e o município fica responsável por complementar o valor para o hospital não ficar desassistido. Além disso, o valor do teto federal, que representa a maior fatia, só é disponibilizado entre os dias 10 e 15 de cada mês e o pagamento dos salários é realizado todo 5º dia útil. O governo estadual informou que desde a última sexta-feira (9) a Secretaria de Saúde começou a fazer os repasses que estavam em atraso, ou seja, R$ 5 milhões. O estado pretende regularizar a situação ao longo deste mês. Em nota, o Ministério da Saúde informou que os recursos que competem ao governo federal são enviados mensalmente e estão rigorosamente em dia para todo o país. A diretora clínica explicou ainda que os atendimentos de urgência e emergência estão funcionando em 70% e os médicos nos postos eletivos e ambulatoriais permanece em 30%. “Deixando claro que o atendimento não está sendo prejudicado ao paciente, esse não é o intuito da paralisação”, afirmou Patrícia. Fonte: G1 MS