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Justiça barra transferência de Jamilzinho para presídio em MS

Ele permanecerá por mais dois anos na Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, conforme decisão do juiz Alexandre Antunes da Silva

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Divulgação

O juiz Alexandre Antunes da Silva decidiu que o empresário Jamil Name Filho, conhecido como "Jamilzinho", permanecerá na Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, por mais dois anos. A decisão foi tomada em 30 de setembro de 2024 e atende a uma recomendação da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário de Mato Grosso do Sul.

Jamilzinho está preso desde outubro de 2019 e acumula condenações que somam mais de 70 anos de prisão em seis processos, incluindo dois julgamentos por sua atuação como mandante de execuções. A maior das penas é de 23 anos e seis meses, pela morte de Paulo Roberto Teixeira Xavier, conhecido como Capitão Xavier. O assassinato resultou também na morte de Matheus Coutinho Xavier, filho do Capitão.

O magistrado justificou a manutenção da prisão ao destacar que Jamil Name Filho é apontado como líder de uma organização criminosa, envolvida em homicídios e posse de armamento pesado. Mesmo preso, ele teria continuado a exercer essa liderança, segundo as investigações da Operação Omertà, deflagrada pela Polícia Civil e o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) em 2019.

O pai de Jamil, Jamil Name, também acusado de integrar a organização criminosa, faleceu em 2021 antes de ser julgado. A Diretoria do Sistema Penitenciário Federal apoiou a decisão de manter Jamilzinho na prisão, alegando que sua libertação representaria risco à segurança pública em Mato Grosso do Sul.

Enquanto isso, os recursos contra as condenações de Jamil Name Filho seguem em trâmite nas diversas instâncias do Judiciário brasileiro.